06/05/2008

O teu Maio



“Escreve mulher ! É uma ordem! E dá a conhecer as tuas letras ao Homem que lê!”





Passou da hora minha Deusa. Não sabes tu que as palavras têm tempo e vida própria? Oh, se tudo fosse da forma que um dia sonhei!... A cada meia-noite eu pegaria nas letras como se de um filho se tratassem e por magia transformá-las-ia num só verbo, naquele verbo sereno da verdade absoluta que não se traduz.

Hoje, se o tempo não fosse subjectivo, as palavras surgiriam sem pontos de interrogação, não importaria o sentido nem que alguém o encontrasse para além de mim. Mas no meu relógio de vento já não habitam as palavras, já não mato na escrita breves instantes que não o são, os mil fragmentos coloridos de cristal, as pedras de sal, a meiguice do ser, do sentir, do viver, hoje vão além de um sopro de sonhos sepultados, esquecida que foi a ousadia de seguir a vida em contramão, ultrapassada que foi a necessidade de lutar contra moinhos de vento.


Como eu queria minha Deusa ainda assim conseguir falar de quimeras através da magia de um teclado que tantas e tantas vezes voou debaixo dos meus dedos sem que dele desse conta no devaneio de tantos sabores sentidos, repletos de odores e sabores exóticos e amordaçados. Sim, faz-me falta o bailado dos dedos e foi pela saudade dele e por ti, por nós as duas e por aquela dança louca que um dia nos prometemos que aqui voltei esta noite, às palavras, ainda que sem magia, numa talvez vã tentativa de matar uma vez mais sentires contraditórios inspirados numa madrugada morna de Maio. Do teu Maio, deste mesmo onde vieste buscar-me!...

12 Papeis:

Eme disse...

vou fazer o que disse e NAO QUERO SABER..!

adoreiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii


BEIJO-TE

Frederico Almada disse...

Com um beijo e um sorriso pelo teu regresso com a tua linda prosa.

Não há fuga...!

Quando a saudade da escrita nos consome
E, sentimos a falta da adrenalina
Da expectativa dos comentários
De pessoas mesmo sem nome
Que lêem a nossa prosa ou rima
E os amigos que não têm horários
Para nos ler ou incentivar a escrever
De conhecer o que nos vai na alma
De sentirem na nossa escrita
Como algo que eles estão a viver,
Sentindo como sua a nossa história
Sejam palavras de alegria ou desdita
Ao partilharmos nossa derrota ou glória
Ou apenas pedaços de um sonho inventado
De uma ilusão de um coração destroçado
Ou alguém em revolta que grita
Palavras aragem na fuga da solidão,
Palavras poemas, pedaços de uma canção,
Não há fuga para quem tem no sangue a escrita!

Eric All

27-11-2007

Isabel Victor disse...

"... falar de quimeras através da magia de um teclado que tantas e tantas vezes voou debaixo dos meus dedos sem que dele desse conta no devaneio de tantos sabores sentidos, repletos de odores e sabores exóticos e amordaçados. Sim, faz-me falta o bailado dos dedos e foi pela saudade dele e por ti, por nós as duas e por aquela dança louca que um dia nos prometemos que aqui voltei esta noite ..."


__________ Muito bonito !




Abraço


iv

Eme disse...

Crystal

eu entro e saio. e neste momento tenho por testemunha a nossa lua, e se ela, a LUA na sua grandeza não sabe o que dizer, como não estarei eu na minha pequenez perante esta declaração áquela que chamas Minha Deusa?
Se até eu precisava que mo dissessem: escreve mulher!
Se me calo quando leio um divino verbar com receio de que se perca algo?
Se afinal vejo que tu nunca te perdeste, se admites que te faz falta o bailado, se te leio aqui como em gritaria interior de quem segura em si os verbos em pranto..

Tanto te leio na minha cidadela que já te sei de cor, e virei de novo buscar-te, um dia, para a dança prometida, não haverá moinho que me trave, nem pedra que me sepulte enquanto o tempo não nos vir a dançar.

pin gente disse...

os dedos não nos param e soluçam tristezas
fogem por eles as palavras que a boca cala
e o nosso olhar em conjunto embala
mesmo que na existência não haja certezas


um abraço
luisa


gostei do blog (muito). de onde vim? já não sei.

Sónia disse...

m.
m.
m.

Tu sabes!!! A dança será sempre nossa, mesmo que seja em silêncio.

Aquele beijo

Sónia disse...

Eric, tu sabes a honra que me dás de cada vez que vens. E sabes que cada poema que aqui colocas me deixa "babada"... Fazer o quê?!

Obrigada pela persistente amizade

Bj

Sónia disse...

Olá Isabel, bem vinda ao meu cantinho, espero que gostes sempre e que possas voltar. Palavras de apoio são sempre a cereja no topo do bolo.Eu ando um bocado preguiçosa mas não desisto disto, rsrs.

Um beijo para ti

Sónia disse...

pin gente

"de onde vim? já não sei."

Venhas de onde vieres és sempre recebida com um sorriso sincero. Que bom que gostaste.Um beijo para ti

José Manuel Dias disse...

...somos tb as circunstâncias...

Lyra disse...

Olá,

Tropecei no teu blog e adorei.
Parabéns!

Voltarei com toda a certeza.

Até breve.

;O)

Anónimo disse...

Tristeza? Anima-te amiguinha. A vida sao dois dias e o carnaval 3. A Vida é demasiado pequena para vivermos tristes.

Amigos são flores que
rego à medida das necessidades.
Que abraço forte,
sem cercear a liberdade,
que amo sem esperar
reciprocidade.
Amigos são jóias raras
e a qualquer sinal
respondo com meu amor que
é sempre incondicional.

Agora tambem em parceria em:

http://toquedeestrela.blogspot.com

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Uma optima semana

Abraço amigo

Mario Rodrigues

 
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