24/12/2007

A todos um bom Natal


Sim, é mesmo verdade: Estive com ele!

Sabes o que lhe pedi?

Que sejas sempre muito feliz.

Beijinhos doces.

11/12/2007

Há dias assim...



Pequenino, tão pequenino o vi hoje…Apeteceu-me abraça-lo, dar-lhe colo, enchê-lo de mimos…Corro tanto, tenho tantas prioridades, esqueço, passo, sigo, adio o afecto e a atenção, não lhe dou o que merece.

O meu pai!

77 Anos e já quase nada resta de dureza num homem que não me lembro de ver chorar. Chorou hoje, pela saudade de um cão.

“Não me digas nada - pediu-me - eu sei que é o que tem que ser…mas sinto tantas saudades, faz-me tanta falta! Não digas nada.”

Não quis crer no que estava a ver…As lágrimas fizeram brilhar os olhos cansados que eu nem me lembrava de serem tão pequeninos…

Dei-me conta do quanto estão frágeis os meus pais, de quanto se sentem sós. Têm 4 filhos, 8 netos e vivem tão sós…

Apeteceu-me abraça-lo, dar-lhe colo, enchê-lo de mimos…Apeteceu-me mas não o fiz, apenas lhe apertei ligeiramente o braço, num carinho.

É tão fácil para mim abraçar a minha mãe, uma amiga, um filho, alguém de quem goste, sou uma mulher de abraços…mas não sei abraçar o meu pai, não sei dizer-lhe amo-o, o paizinho é muito importante para mim… Sei que desde sempre me apeteceu fazê-lo, meu pai sempre foi o meu ídolo, meu forte, meu cais. Em pequenita o meu delírio era quando ele me lavava as mãos que se perdiam nas dele, escorregando no sabão e eu brincava, tentava tirar-lhas e ele agarrava-as, riamos os dois. Nas mãos dele o meu mundo era perfeito. Ainda hoje é o meu pilar, tanto que me esqueço que já não tem força para sê-lo e que provavelmente hoje precisava que eu soubesse saltar fronteiras e o abraçasse…




07/12/2007

Uma história do caralho...

Sendo eu uma rapariguinha mais ou menos atinada, jamais me passaria pela cabeça publicar uma entrada neste blog que falasse de algo tão português como o caralho.

Mas chegou-me ás mãos uma história que me levou a levou a fazê-lo. É que o caralho é muito mais do que parece, senão vejamos:

Segundo a Academia Portuguesa de Letras, "CARALHO" é a palavra com que se denominava a pequena cesta que se encontrava no alto dos mastros das caravelas (navios antigos) e de onde os vigias olhavam o horizonte em busca de sinais de terra.

O CARALHO, dada a sua situação numa área de muita instabilidade (no alto do mastro) é onde se manifesta com maior intensidade o rolamento ou movimento lateral de um barco.
Também, era considerado um lugar de "castigo" para aqueles marinheiros que cometiam alguma infracção a bordo.
O castigado era enviado para cumprir horas e até dias inteiros no CARALHO e quando descia ficava tão enjoado que se mantinha tranquilo por um bom par de dias. Daí vem a célebre expressão “VAI PARA O CARALHO"


O caralho, é a palavra que define toda a gama de sentimentos humanos e todos os estados de ânimo.

Quantas vezes, ao apreciar que uma coisa é boa ou te agrada, não exclamaste:
“ISTO É BOM COM`Ó CARALHO “

e se um estrangeiro fala contigo e não percebes o que ele diz, perguntas a quem está ao teu lado:
"QUE CARALHO É QUE ESTE DISSE?"

Se te aborreces com alguém manda-lo para o caralho. Se algo te interessa pouco,
“NÃO VALE UM CARALHO”

Mas, se esse algo te interessa muito, então
“IMPORTANTE P`RA CARALHO”

Também, são comuns estas expressões:

A gaja é boa p’ra CARALHO
Esse tipo é um CARALHO
Isso é longe p’ra CARALHO
Está um frio /calor do CARALHO
Isto demora p`ra CARALHO


E não há nada que não se possa definir, explicar ou enfatizar sem juntar um “CARALHO”

Se a forma de proceder de uma pessoa te causa admiração então dizes:
"ESTE TIPO É DO CARALHO"

Se um comerciante se sente deprimido pela situação actual do seu negócio, exclama, quase sempre assim :
“ESTAMOS A IR PARA O CARALHO".

Quando alguém se encontra com um amigo que há muito tempo não vê, saúda-o assim: ONDE CARALHO TE METESTE?

A partir deste momento poderemos dizer "CARALHO", ou mandar a alguém para o "CARALHO", com um pouco mais de cultura e autoridade académica...



Assim sendo, sabem para onde me apetece mandar-vos? Ah, não digo porque sou uma rapariguinha mais ou menos atinada, eh eh eh ...

04/12/2007

Homofobia – Sabia que é crime?


Origem e significado

O termo é um neologismo criado pelo psicólogo George Weinberg, em 1971, numa obra impressa, combinando a palavra grega phobos ("fobia"), com o prefixo homo-, como remissão à palavra "homossexual".

Phobos (grego) é medo em geral. Fobia seria assim um medo irracional (instintivo) de algo. Porém, "fobia" neste termo é empregado, não só como medo geral (irracional ou não), mas também como aversão ou repulsa em geral, qualquer que seja o motivo.

Etimologicamente, o termo mais aceitável para a ideia expressa seria "Homofilofóbico", que é medo de quem gosta do igual.

(Fonte: Wikipédia)



Existe quem diga que a homofobia não é mais do que medo a tudo o que seja considerado estranho, mas será mesmo? Será apenas isso? Tenho as minhas dúvidas.

Outro dia numa reunião de família e amigos encontrei alguém com quem estudei já há uns bons anos e que nunca mais revi. Espantada, ouvi-o dizer enquanto olhava para o filho de sete anos que preferia vê-lo morto a sabê-lo homossexual.

No meio da raiva que senti recordei o tempo em que entre dentes e entre amigos murmurávamos que (em linguagem bem baixa) ele próprio “pegava de empurrão”. Mas afinal o rapazinho até casou e até teve um filho.

E daí? - Pergunto eu - Isso quer dizer o quê?


Perspectiva jurídica (Portugal)

De acordo com o novo Código Penal em vigor desde 15 de Setembro de 2007, qualquer forma de discriminação com base em orientação sexual (seja ela sobre homossexuais, heterossexuais ou bissexuais) é crime. Da mesma forma são criminalizados grupos ou organizações que se dediquem a essa discriminação assim como as pessoas que incitem a mesma em documentos impressos ou na Internet.
Esta lei aplica-se igualmente a outras formas de discriminação como religiosa ou racial.

26/11/2007

Solidão


Quase todos temos uma terrível sensação de medo da solidão embora saibamos que estar só nem sempre é um drama, que por vezes é apenas um troço do caminho, opcional ou involuntário.

Nos grandes momentos de dor a experiência do isolamento é muito provavelmente inevitável e imprescindível. Por muitas pessoas que sofram em causa comum e por muito boas intenções que traga quem se aproxima para dividir a nossa dor, a verdade é que há na experiência do sofrimento algo de “insociável” e “inalcançável” por quem quer que seja. A nossa dor tem vida própria que nenhum grito revela, que nenhuma lágrima apaga e que nenhum abraço alivia. Aí, apenas o silêncio e a solidão nos apazigua e nos permite comungar a vida, renovar forças para encontrar caminhos, abrir portas e construir pontes para uma nova etapa seguramente mais feliz.

Estar só nem sempre significa solidão. O verdadeiro drama é quando isto se traduz em isolamento social e sobretudo afectivo, abre crateras no prazer de conviver e impede a partilha de experiências e emoções.

Se o vazio for casual não é propriamente um problema mas quando se prolonga por dias, meses ou anos de vida deixa marcas profundas e muito provavelmente irreversíveis num ser humano, tornando-se uma agonia silenciosamente mortal, toldando gestos e envenenando vidas…


Quem é que nunca se sentiu só, absolutamente só, rodeado de gente?

Saudades!...

Sem mais delongas...Tinha que começar assim, com algo que me coloca um sorriso no coração.


 
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