10/06/2008

Violência doméstica



A violência doméstica tem muitas vertentes, mas o que me traz hoje a este tema é a violência conjugal.

Geralmente quando se aborda este problema desenha-se quase automaticamente na nossa frente o rosto desfigurado de uma mulher, embora todos saibamos que também existem agressões da mulher para com o parceiro estas são muito menos divulgadas, especialmente por vergonha.

Ainda está presente na nossa sociedade que o homem é o mais forte, é a cabeça do casal, é quem tudo pode, tudo quer e tudo manda e talvez por isso a confissão de ser alvo de agressão conjugal seja para o homem a maior de todas as humilhações, impedindo-o assim de exteriorizar a sua dor.

Mas nem só isto nem sempre é verdade como do ponto de vista físico um homem não é só musculo e tal como no sexo feminino existem os de personalidade forte e temperamental e também os mais pacíficos e sentimentalistas que apesar de terem tamanho para vencerem uma luta não o conseguem fazer, tornando-se então eles vitimas.

Mas nem só murros e pontapés resumem a violência doméstica pois esta passa também por violência psicológica, envolve ofensas verbais, intimidações, gestos e atitudes agressivas e violência sócio-económica, que atinge o controle da vida social da vítima ou de seus recursos económicos. Nestes casos torna-se um problema talvez ainda mais profundo por ser menos visível. A agressão física geralmente deixa marcas corporais impossíveis de negar e muitas vezes de ocultar dando azo a que outras pessoas possam intervir e influenciar a vitima para que ganhe força para se libertar do agressor. Já quando a agressão é psicológica só quem vive no seio familiar presencia e geralmente se omite por “ser parte” do problema.

Não é fácil para ninguém libertar-se de um problema destes. Existem instituições criadas para ajudar quem precisa e muitas vezes os familiares e amigos são os primeiros a dar a mão mas importa referir que a força e a coragem de dar o primeiro passo tem que partir de dentro de cada um.



Serviços de apoio para sobreviventes de violência doméstica

Ver links aqui

http://www.amcv.org.pt/amcv_files/violencia/violdomestica_m8.html


10 Papeis:

Vladimir disse...

Uma abordagem diferente do problema, a qual é mais vulgar do que se imagina.
Parabéns...

Xana disse...

Boa noite, desde já um bem haja á tua presença em meu espaço, gostei!...

Em teu espaço vive-se e sente-se realidades, emoções, Parabéns, voltarei, certamente.

Quanto a este post sem dúvida o acordar de uma realidade adormecida e sofrida só por quem a vive. Bem saliente aqui!

Abraço

Flávio Josefo disse...

Vejo que é uma pessoa de causas, o que me agrada. Continuo sem perceber o seu comentário enigmático no Arte de Roubar.

Estrela do Sul disse...

Completamente de acordo, cara amiga.
Mas torna-se tão dificil ultrapassar essa barreira psicologica. É um problema que ainda tem que ser muito debatido, para que se consiga meter na cabeça das pessoas que o SER HUMANO, não deve ser espezinhado, ofendido ou maltratado fisicamente

Uma linda semana

Bjinho amigo

Mario Rodrigues
estreladosul.blogs.sapo.pt

Rafeiro Perfumado disse...

Apenas temos uma vida, será que a necessidade de termos alguém justifica aguentar todo o tipo de tratamento? Acho que se eu fosse mulher e o meu gaijo me batesse, era deixá-lo dormir. Acordaria com muito mais espaço entre as pernas...

Eme disse...

Quase que tenho receio de comentar este tema porque simplesmente não entendo como é que certas mulheres deixam prolongar a sua vida num calvário destes. Mesmo que sejam dependentes de maridos e filhos o que já é raro nos nossos dias. Em resumo só te sei dizer isto: por muito que o adore, se o meu gajo me batesse seria mesmo a primeira vez e a última. Sem tirar sem por.

Há demasiada filosofia pelo meio ;)

Beijo violentíssimo em ti

Silvia Madureira disse...

Tens algo importante no meu blog.

beijinho

Ni disse...

Por vezes, pensamos que a dor é momentânea e que o Amor que sentimos por alguém é eterno. E esquecemo-nos que, para sequer Amarmos alguém, temos de sentir Amor puro por nós próprios.
E apenas isso, à partida, fará com que nenhuma violência seja vencedora em nós.
A violência psicológica é a mais difícil de enfrentar. São necessários os amigos, a família, ambientes positivos e bem confortáveis. Por vezes, quando custa mais, faz bem desabafar tudo e chorar muito. No dia seguinte, um pedaço no coração nasce sarado!
Crystal, nunca é demais falar deste tema, principalmente desta forma. És uma pessoa extremamente sensível e que, de certo, tocará muitas outras pessoas (falo por mim). Nunca se sabe se alguém que está numa situação destas possa ter lido o teu post e ganho forças para levantar a cabeça mais um bocadinho.

Beijinhos doces e obrigada pela preciosidade de cada post!
Doces, mesmo docinhos apoiados num sorriso gande***

Anónimo disse...

Vladimir, obrigada pela tua visita. Um dia quero ser como tu…


Olá xana, espero que sim, que voltes sempre. Eu tb gostei de ti. Beijinho



Flávio, está tudo esclarecido? Espero que sim e que voltes sempre para que estas causas façam sentido. Um beijo



Mário, esse é o eterno problema da nossa raça. Existem por aí muitas pessoas que se sentem superiores e recusam-se perceber e aceitar os seus erros, principalmente quando são incapazes de respeitar o próximo.
Beijo para ti.

Ah, em relação ao “suposto intruso” no teu blog já lá voltei e não o encontrei, rsrs

Anónimo disse...

Rafeiro, tu consegues sempre fazer-me rir com coisas sérias. A vida assim é bem melhor, não é mesmo? É sempre um privilégio ter-te por cá.
Beijo grande


m. (Ai querida, não sejas tão violenta!) A tua resposta é a minha também, só que infelizmente existem situações em que as pessoas se envolvem sem saber como. Já leste o “amar depois de amar-te” da Fátima Lopes? Retrata lá uma situação que nos obriga a pensar…

Eu beijo-te suavemente porque para bruta aqui bastas tu, lol



Sílvia, já fui espreitar e prometo que vou dar toda a atenção. Beijo para ti



Ni! Gaita rapariga, deixaste-me com a lágrima no canto do olho. E olha que já há muito tempo ninguém me tocava assim. Obrigada por tudo, és um doce de mulher.

 
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